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24 de julho de 2011

Confeitaria Nacional

Preciso falar dos doces portugueses? Esta singela vitrine aí ao lado é só uma amostra das delícias portuguesas que visitantes e moradores podem saborear nas muitas opções à disposição. E põe muitas nisso!
Esta foto tirei no Largo do Camões, num quiosque simples, sem garçons, que servem para uma pausa entre um passeio e outro. Eles são bem comuns nas praças de Lisboa. 
Doces com ovo são os meus preferidos e lá em Lisboa, confesso, tive problemas para segurar o ímpeto de come-los todos e de uma vez. Reforço: Portugal não é país para dietas!
E por falar em delícias e gostosuras lusas, recomendo um chá quentinho com os melhores doces portugueses na Confeitaria Nacional (Praça da Figueira 18B). A praça em si já vale o passeio pois nela está a estação Rossio do metrô. Nela também desembocam as três principais ruas do Chiado. Ponto central do bairro. 
A confeitaria é linda, um prédio belíssimo. No site, cujo link está no título deste post, há toda a história do lugar que funciona há 175 anos e algumas fotos. As especialidades da confeitaria são: Bolo-Rei, bolinhos de amêndoas, bolinhos de ovos e bolos secos. O primeiro, o famoso Bolo-Rei, começou a ser produzido no país na própria confeitaria. A receita, segundo eles, é secreta e tem mais de 100 anos na família Castanheiro, fundadora do local. Uma de-lí-cia!
Ah! o que eles chamam de bolo seco ou sortidos são biscoitos amanteigados. Divinos. Na companhia de um cafezinho são irresistíveis. O salão de chá da casa foi recentemente reaberto e vale muito bancar elegante no salão da confeitaria e tomar um senhor chá da tarde. 
Há salgados também. Mas quem quer saber de pão e queijo quando se olha na vitrine os pastéis de Belém, os Travesseiros de Cintra (massa folhada em formato de travesseiro com recheio de doces de ovos com amêndoas), os Toucinhos do Céu, os Papos de Anjo (originários das ilhas dos Açõres), os Dom Rodrigo (doce confeccionado com fios de ovos e recheado com doce de amêndoa originário do Algarve) e o famoso Guardanapo?
É amigos .. depois de tudo isso, tem que andar muito, gastar muita energia, porque uma ida a Portugal pede extravagâncias gastronômicas.  

Largo de Camões

O Chiado sob o olhar atento de Camões
Foto: Nara Franco
Já falei aqui da Rua Garrett, em Lisboa, que é o coração do Chiado. Volto a recomendar este local como destino aos viajantes. Destino para hospedagem, compras e gastronomia. Ali é o pólo cultural e intelectual da cidade, que mistura história e modernidade. A rua começa na Rua Nova do Almada e subindo, subindo, chega-se a esse largo aí do lado: Largo de Camões

Assim como Fernando Pessoa e Vasco da Gama, Camões recebe muitas homenagens por toda a cidade. Essa é uma das mais bonitas na minha opinião. Dei sorte por pegar um dia de frio, mas de céu azul e sol. Fui desbravar a parte Alta do Chiado começando por ali. 

Mas antes, no caminho, dê uma parada na Livraria Bertrand. Fundada em 1723, a Bertrand é hoje uma rede no país com mais de 50 filiais espalhadas em solo luso e na Espanha. Nela, escritores como Eça de Queiros, Antero de Quental e Ramalho Oritgão discutiam o futuro político e social de Portugal pelos idos de 1780. Um lugar histórico, certamente, que não despertará interesse assim em um olhar rápido. No entanto, caro leitor(a), se você é amante da boa literatura, vale uma paradinha ali para uma foto. 

Camões, do alto de seu monumento, diz "até" para o Chiado. Pois dele para frente, tudo se chama Bairro Alto, a região boêmia da cidade. 

Transporte público: linhas verde e azul na estação Chiado.

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22 de julho de 2011

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa é um ícone português. Tudo em Lisboa para ter algum tipo de referência foi "frequentado" pelo escritor. São muitos os cafés e bares que o usam como chamariz de clientes. Apesar de não haver na cidade - pasmem! - um museu digno do escritor que Pessoa foi, há diversas manifestações artísticas em homenagem ao poeta.

Uma delas, a que achei mais divertida, está no Museu do Azulejo. O museu dedica boa parte do acervo aos azulejos antigos, mas há uma parte moderna que é bem interessante. Nela, encontrei esse Pessoa que divido com vocês.

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19 de julho de 2011

Lisboa: últimas notícias

Isso aqui é um blog de viagem, mas também de notícias. Afinal de contas, caros leitores, sou jornalista, né? Acho que tenho a obrigação de mante-los informados sobre tudo que acontece na capital lusa. Acho que assim vocês se programam melhor. 

Todo mundo sabe que viajar de trem na Europa é uma mão na roda. Sem trocadilhos infames, mas para nós brasileiros que temos um sistema de transporte massacrante em todos os sentidos, usufruir das facilidades européias é uma maravilha.

Recomendo muito que, uma vez em Portugal, você explore o país de trem, mas atenção para algumas linhas que estão paradas em função de obras e até mesmo de greves. Se durante a viagem você tiver acesso à Internet, sempre que possível dê uma olhada no site do CP - Comboios de Portugal. Volte e meia há mudanças nos horários das linhas em função de grandes eventos, tempo ou até mesmo de manutenção. A organização européia nos vale para isso. 

A Linha do Alentejo, que liga Lisboa a Évora e Beja volta a funcionar hoje. A notícia está no Sic Notícias. Caso essas duas cidades estejam no seu roteiro, corra para comprar a passagem. Por conta dessa informação, acabei indo no site do Comboios de Portugal para buscar novidades. Como quem busca acha, repasso a vocês: de 30 de julho a 13 de agosto, Lisboa será sede do Festival dos Oceanos

De acordo com o site do evento, o Festival reúnes diversas atividades entre concertos, exposições e shows. A cada edição, cerca de 350 mil pessoas prestigiam o evento, que acontece em pleno verão português. Este ano é a oitava edição do Festival. 

A programação está no site e os espetáculos são, em sua maioria, gratuitos. Se eu estivesse em Lisboa, não perderia! 


10 de julho de 2011

Igreja de Santo Antônio da Sé

Foto: Wikipedia
Sou devota de Santo Antonio. Minha família toda é. Saí do Rio já com a obrigação de levar para minha mãe algum souvenir do santo a quem todos nós pedimos apoio quando as coisas apertam. Em Lisboa não é difícil ver citações a Santo Antonio, mesmo sendo ele de Pádua, na Itália. Mas esse já é outro papo. 

Hoje, resolvi pegar meu caderno de viagem (até então estava escrevendo tudo de cabeça) e lembrei que na complicada subida até o Castelo de São Jorge, acabei visitando a Igreja de Santo Antonio da Sé

Ela fica muito perto da Sé. Muito mesmo. Super simples, nada grandiosa ou chamativa. Mas esconde um tesouro, que infelizmente não se pode fotografar.

Reza a lenda, amigos, que ali ficava a casa onde Santo Antonio nasceu. O local ficava perto da muralha que protegia a cidade na época da idade média. A igreja é muito simples, muito pequena e muito silenciosa. Há um pequeno museu dedicado ao santo, que merecia do governo português uma homenagem digna de sua popularidade. Afinal, Santo Antonio é um dos santos mais populares do mundo e o museu é micro.

A cripta com entrada pela sacristia é tudo o que resta da igreja original que foi destruída pelo terremoto de 1755. Só para lembrar: tudo ou quase em Lisboa tudo foi refeito depois dessa tragédia. A nova igreja foi iniciada dois anos em 1757 sob a direção de Mateus Vicente, arquitecto da Basílica da Estrela. Um dado curioso: a Igreja foi parcialmente paga pelas crianças que pediam "um tostãozinho para o Santo António". 
 
A estátua do Santo que fica em frente à igreja foi abençoada pelo Papa João Paulo II durante uma visita ao país em 1982. Em 1995, a igreja foi renovada para o aniversário de 800 anos do santo. 
 
Serviço:
Endereço: Rua das Pedras Negras 1
De metrô: linhas verde ou azul na estação Baixa/Rossio


A Ginjinha

A primeira vez que li essa palavra, achei o máximo ter uma bebida com esse nome tão singelo. Acho que estava num dia bobo, sei lá. Atravessei o Atlântico na intenção de experimentar essa que é a bebida mais tradicional de Lisboa. 

Bebi? Não! Vergonha, né? Sabe-se lá porque não parei um belo dia para experimentar a Ginjinha. Talvez pelo aspecto do boteco que ficava próximo ao hotel e que era especializado em Ginja. Toda vez que eu passava por lá só tinha cara mal encarado e sei lá .. uma coisa é encarar os mal encarados conhecidos, outra é ter que se virar com mal encarados estrangeiros. 

Mesmo não podendo dar um depoimento na primeira pessoas, achei por bem escrever sobre a Ginjinha, pois você, caro leitor, não tem nada que ver com meu medo súbito dos mal encarados portugueses. Daí que eu fui pesquisar e achei o seguinte:

A Ginjinha, ou simplesmente ginja, é um licor obtido a partir da fermentação da fruta da ginja, similar à cereja. Depois de ler nem sei se me arrependi de não ter experimentado, pois detesto bebidas doces. É costume servie a Ginjinha com uma fruta curtida no fundo do copo, popularmente dito "com elas", ou, quando pura, "sem elas".

Onde beber?
Na Ginjinha Espinheira, no Largo de São Domingo 8, muito próximo da estação Restauradores do Metrô. Mapinha já adicionado, basta clicar. 

Agora eu pergunto: você já bebeu Ginjinha? Se bebeu, manda sua opinião pro blog!

Comer nas esplanadas é mais caro!

Acho até que já escrevi sobre isso nos primeiros posts que publiquei aqui no Bulhufas em Lisboa. Mas vou repetir porque ninguém é obrigado a ficar vasculhando o site, né? Ali pelo Rossio as opções de restaurante são muitas. Muitos restaurantes tem aquela "pinta" de pegadinha para turista. E são. Evite comer nas Esplanadas, como os portugueses chamam as mesas que ficam do lado de fora do restaurante. 

Abra uma exceção apenas para o Café Nicola, local tradicional da cidade e que merece um gasto mais. Contudo, sempre pergunte se sentar ao ar livre vai pesar no bolso. Afinal, quem tem boca vai a Roma e vai a Lisboa também. 

1 de julho de 2011

Cinema português

Dei um tempo no Museu do Azulejo para falar de um assunto que gosto muito: cinema. É um pecado inconfessável, mas vou confessar ... não conheço o cinema português. Vi pouquíssimos filmes da terrinha. Erro grave. Daí que fui catar uns vídeos na Internet que mostrassem Lisboa. Daí que cheguei a esse site: Filmes Portugueses.com
O site é bem completo. Trailers, sinopses, distribuidoras, festivais e ainda dá para comprar filmes. Há um canal no You Tube onde diversos trailers de filmes portugueses podem ser vistos. 

#ficaadica!