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10 de dezembro de 2012

Réveillon em Copacabana

É o melhor Réveillon do mundo. E Réveillon é aquela festa do capeta, que a gente só pensa quando chega dia 29 e que invariavelmente acaba num corre-corre sem fim. Não conheço uma pessoa que planeje o Réveillon.Se você, caro leitor(a), já fez isso, mande um e-mail pra mim contando sua história: bulhufaspelomundo@gmail.com

Aqui no Rio de Janeiro o refúgio dos "sem festa" é sempre a Praia de Copacabana. E é o melhor Réveillon do mundo. Reza a lenda, que 80% dos cariocas no estourar dos fogos promete a si mesmo que nunca mais irá pisar em Copacabana num dia 31. Mas no ano seguinte, tá lá. 

Copacabana é sempre uma opção. Primeiro: é de graça. Free. 0800. Segundo: você pode vestir o que você quiser. Biquíni  saia, short, bermuda, nada, chinelo, salto, calça. Ninguém liga desde que seja branco. Terceiro: tudo ocorre na maior paz. São famílias, crianças, adolescentes, idosos, namorados, namoradas, tudo no maior clima de alegria e harmonia. Quarto: depois dos fogos tem vários shows e basta levar uma cervejota e fechar os olhos para curtir. 

Os fogos já foram melhores, mas a Prefeitura anda caprichando. Eu gostava mesmo quando era na areia e os fogos pareciam que iam cair nas nossas cabeças. Você ficava ouvindo aquele "uuuuhhh", "aaaaahhh". Incrível. 

Hoje, os fogos ficam em balsas em alto mar. Distante, mas ainda assim lindo. A praia fica meio impraticável durante o dia. Eu não recomendo. Mas a noite é pura alegria. E se você planeja passar o ano novo em Copa, compre logo sua passagem do Metrô, sem dúvida, a melhor maneira de ir e vir pela cidade. 

As informações estão aqui. Clique, fique por dentro e planeje-se!

1 de dezembro de 2012

Feira do Rio Antigo

Uma pausa nas dicas de viagem para tratar de outro assunto. Agora sou correspondente no Rio de Janeiro do site Bahia Já. Como tal, escrevo matérias de turismo sobre a Cidade Maravilhosa. Posto lá e faço o link aqui, ok?

A primeira é sobre a Feira do Rio Antigo, que acontece todo primeiro sábado de cada mês na Rua do Lavradio, no Centro da cidade. Estando na cidade nessa data, não deixe de conhecer a feira, que além de expor móveis, bijus, roupas e acessórios, conta com diversas rodas de samba e uma opção grande de restaurantes. 

Clique aqui e leia a matéria. 

19 de novembro de 2012

Terra di Siena, dica para comer em Roma

A Itália é uma viagem por sabores. Mesmo sendo a terra das massas, opte pelas diferenças. Na hora de comer é importante levar em conta que os italianos comem em etapas. Há entrada, que em geral dá para dividir por dois. O prato com carne e a massa. Não precisa comer tudo. As porções são generosas e para acompanhar um bom vinho da casa, afinal estamos falando da Itália. 

Foto: Nara Franco
Um das coisas mais deliciosas que eu comi é essa entrada da foto ao lado. Essa bola que parece de sorvete é, na verdade, mussarela de búfala. Daquelas que derretem na boca. Essa é uma das entradas mais típicas servidas nos restaurantes de Roma. Eu recomendo que em Roma, não perca a chance de experimentar essa maravilha. 

Um restaurante que recomendo em Roma é o Terra di Siena. A especialidade da casa é a culinária toscana. Além dessa entrada maravilhosa, comi um nhoque de saborear rezando. Uma delícia. 

O lugar é simples, modesto, mas muito aconchegante. Preço acessível e serviço bom. Como é próximo a Piazza Navona, termina o jantar com um bom sorvete ou apreciando o local à noite. 

10 de novembro de 2012

Já curtiram?

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Arte e humor em Buenos Aires

Treze bairros de Buenos Aires farão um mutirão de cultura na cidade. A dica é do argentino El Clarín. Leia aqui. Mostras de fotografia, exposições, shows, entre outros eventos. Mesmo em turbulência política, a capital argentina tenta manter o bum humor.

9 de novembro de 2012

Buenos Aires - Puerto Madero

Ponte da Mulher - Puerto Madero, BA
Obra do arquiteto espanhol Santiago Calatrava

Vou sair um pouco da Europa hoje. Vou dar uma volta pelas redondezas e falar de Buenos Aires, mais precisamente de um lugar que é obrigatório para os viajantes de primeira viagem (ops!). Puerto Madero é um bairro ou melhor "é o programa de desenvolvimento mais importante da área central de Buenos Aires", segundo o site oficial do lugar.

O projeto de revitalização de toda a área foi liderado pela Corporación Antiguo Puerto Madero S.A. Estive por lá três vezes e só agora descobri que todas as ruas do local prestam homenagem a mulheres importantes da história argentina! Por lá, há restaurantes, lojas, pistas de corrida, ciclovias, centros residenciais e comerciais. Minha dica é ir no outono e pegar um belo dia de sol como na foto da ilustra este post. 

Bom mesmo é passear pelo local, escolher um bom restaurante e apreciar a bela vista degustando um Merlot argentino. Opções não faltam. Mas fuja daqueles restaurantes "pega turistas". Para chegar não há mistério. Da Casa Rosada a Puerto Madero dá para ir a pé, por exemplo. Como o lugar é grande, escolha bem o ponto onde descer. 

De ônibus, as seguintes linhas passam por pontos diferentes do Puerto:
2, 9, 10, 20, 22, 24, 25, 28, 29, 33, 46, 53, 54, 61, 64, 86, 93, 126, 142, 143, 152 e 159.

De metrô: linha B: L. N. Alem - F. Lacroze. Estação: L.N. Alem
Linha A: Plaza Mayo - P. Junta. Estação: Plaza de Mayo

Voltando ao Puerto ... as opções para comer são inúmeras. Como eu só conheço o lugar de dia, vou indicar os que eu já fui. O ideal é comer aquela parrilla argentina e depois desgatar conhecendo os dois lados do Puerto, andando bastante. Há restaurantes de várias nacionalidades, mas eu recomendo o tradicional argentino: Cabanã Las Lilas (Avenida Alicia Moreau de Justo 516) tem uma carne de comer rezando e um serviço de primeira. O preço é um pouco salgado, mas a extravagância vale.  

O site oficial está aqui. Dê uma olhada em todas as opções que o Puerto Madero oferece. Inclusive às culturais. Dá para fazer comprar (naquelas lojas de designer que só Buenos Aires têm!) e curtir a cidade ao ar livre.



27 de outubro de 2012

Viajar é para todo mundo

Muita gente diz que não viaja por falta de dinheiro. Querem um conselho? repitam na frente do espelho: ninguém precisar ser rico para viajar. Faça da sua viagem uma PRIORIDADE. Se viajar não for uma prioridade você sempre achará um jeito de gastar um dinheirinho. Compre um pouquinho, faça uma poupança ou invista em um título de capitalização. Mas guarde dinheiro para viajar e estabeleça metas e prazos para sua viagem. Por exemplo: vou viajar em outubro de 2013 para a Europa. Pronto. A partir daí, você tem um ano para economizar. Então pense duas vezes antes de ir ao cinema três vezes por semana ou comer naquele japonês carésimo. Nada de ficar trancado em casa evitando sair, mas planeje. 

Planeje e pesquisa. Há diversos sites que comparam preços de hotéis, vendem ingressos antecipados com desconto, entre outros. Uma viagem tem vários prazeres, entre eles o de ficar horas navegando e lendo sobre seu destino.

23 de outubro de 2012

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Cripta dos Capuchinhos

Antes de chegar a deslumbrante Fontana di Trevi, dê um pulo na Via Vitorio Veneto número 27 e conheça a Cripta dos Freis Capuchinhos. É um passeio rápido, mas impressionante. O lugar fica bem pertinho da estação de metrô Barberini/Fontana de Trevi e vale muito pelo inusitado do local.

A cripta ou Sala dos Ossos fica embaixo da igreja e é o destino final de um passeio que começa bem tecnológico no museu que conta toda a história dos freis capuchinhos. Fotografias não são permitidas no local. O museu conta com acessórios, roupas e objetos pertecentes à congregação. Alguns são muito antigos e mostram a presença da igreja na vida dos italianos desde muuuuuito tempo.


Santa Maria della Concezione dei Cappuccini ou Nossa Senhora da Conceição dos Capuchinhos é a igreja acima da bizarra sala dos ossos. Quando eu a visitei, o local estava em obra. Não deu para ver muita coisa. Apenas a pintura do Arcanjo Miguel de Guido Reni, que fotografei mesmo sendo proibido. 

A igreja foi encomendada pelo Papa Urbano VIII em 1626. O irmão do Papa, Cardeal Antonio Marcello Barberini, que era da ordem dos Capuchinhos, ordenou em 1631, que os restos de milhares de freis Capuchinhos fossem exumados e tranferidos para a famosa Sala dos Ossos. 
 
Os ossos foram colocados ao longo das paredes e os freis começaram também a enterrar seus próprios mortos lá, bem como os corpos de romanos pobres, cujas tumbas ficavam embaixo do chão da atual capela das Missas. A cripta tem agora os restos de 4 mil freis enterrados entre 1500-1870, divididos em cinco capelas. Eles estão presentes em todos os lugares: luminárias, adornos de parede. Alguns esqueletos estão intactos e ainda vestidos em hábitos franciscanos.
  Uma placa em uma das capelas diz em três idiomas: "O que você é agora, nós um dia fomos; o que somos agora, você será um dia". O lugar é extremamente bizarro. Há salas com apenas ossos da coluna, outra só com bacias e uma exclusiva para crânios (na foto abaixo). Todos os ossos estão dispotos de forma simétrica, formando figuras, quase instalações.

Ficheiro:Cripta Cappuccini.jpg
A cripta é pequena, por isso, gaste um tempo lá. Vá e volte do começo ao fim e veja os detalhes dessa arte bem macabra. São apenas cinco salas, temáticas. A primeira se chama "Cripta da Ressurreição" e os ossos estão dispostos numa representação de Jesus dando nova vida à Lázaro. Na sala 5, só há ossos de tíbia e fêmur. Tudo muito doido. Até pelo estado de conservação, que é surpreendente. 


Acima, a igreja, que foi constrída entre 1626 e 1631 e contem obras de artistas famosos como Guido Reni, Gherardo delle Notti, Mario Balassi, entre outros. Vários autores renomados visitaram a cripta e deixaram por escrito suas impressões. O Marquês de Sade a visitou em 1775; Mark Twain, no verão de 1867. Nathaniel Hawthorne descreve a cripta em seu romance O Fauno de Mármore.

O local está aberto à visitação de 9h às 12h, reabrindo às 15h até às 18h. Além da igreja, o ingresso dá direito a visitar o museu dos freis, a cripta e o convento. É proibida a entrada com camisetas ou shorts muito curtos. Em Roma, lembre-se, sempre ande com um chale na bolsa.

Mais informações no site oficial: http://www.cappucciniviaveneto.it. 

12 de setembro de 2012

Roma, recapitulando ....

Já que estamos há um tempo sem falar de Roma, resolvi fazer um flashback sobre o que pode ser um bom roteiro pela cidade e algumas dicas. No primeiro dia, dedique-se a um passeio pelo Centro até chegar a Piazza Navona. No caminho você já vai ver pontos turísticos interessantes da cidade.

Refresque-se nas fontes da cidade como eu fiz (na foto ao lado), porque os dias de calor em Roma são dignos dos dias de calor do Rio. Caminhe com calma pela Via Margutta e aprecie as obras de arte expostas nos antiquários de lá. Vá descendo a Via del Corso até a Piazza della Rotonda e conheça o Pantheon. Na Piazza Navona, aprecie os artistas de rua - pintores, cantores, músicos - e tome um gelato. Se preferir, uma cerveja ou um vinho. Não na praça, mas nas vielas e pequenas ruas que circulam a praça.

No dia dois, hora de visitar Roma Antiga. Comece pelo Coliseu. Lindo, grandioso. Compre os ingressos com antecedência, na web, pois as filas são enormes. De lá, Via dei Fori Imperiale até a Via Cavour. Bateu fome?

Bisteca com batatinha coradas. Delícia!

Da Via Cavour fui até a Fontana di Trevi, de metrô. Rapidinho, rapidinho. 

Em dois dias você já terá visitado os principais pontos turísticos de Roma. Mas antes de chegar à Fontana, dei um pulo num lugar muito especial e diferente de Roma, que conto no próximo post.


Fontana di Trevi

 

Quis começar esse post com uma das cenas mais famosas do cinema. Em "La Dolce Vita", a atriz Anita Ekberg entra na fonte e chama de forma muito sensual Marcelo Mastroiani para sua aventura. Isso fez da Fonte um dos pontos turísticos mais visitados de Roma. E de fato, ela é linda. Muito linda. E muito lotada de todos os tipos de pessoas possíveis, jogando moedas e fazendo pedidos. O local é cheio para caramba e todo cuidado com os batedores de carteira é pouco. 

Fui visita-la durante o dia, mas uma amiga me disse que à noite ela é ainda mais bonita. Como tudo em Roma, a Fontana é monumental. Tem 26 metros de altura e 20 de largura.
Situava-se no cruzamento de três estradas (tre vie), marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade. Segundo a Wikipedia, no ano de 19 a.C., supostamente ajudados por uma virgem, técnicos romanos localizaram uma fonte de água pura a pouco mais de 22 quilômetros da cidade (cena representada em escultura na própria fonte, atualmente). A água desta fonte foi levada pelo menor aqueduto de Roma, diretamente para os banheiros de Marco Vipsânio Agripa e serviu a cidade por mais de 400 anos.

O antigo costume romano de erguer uma bela fonte ao final de um aqueduto que conduzia a água para a cidade foi reavivado no século XV, com o Renascimento. Em 1453, o Papa Nicolau V, determinou que fosse consertado o aqueduto de Acqua Vergine, construindo ao seu final um simples receptáculo para receber a água, num projeto feito pelo arquiteto humanista Leon Battista Alberti.
 
Foto: Nara Franco
A Fonte está bem no meio de Roma. Do Pantheon, por exemplo, dá para ir a pé. Pegando a Via di Pietra. De metrô, é só descer na estação Barberini/Fontana di Trevi. O monumento está em obra. Algumas peças decorativas caíram recentemente, uma vez que a obra não passava por uma grande reforma há 20 anos. Diz a tradição que turistas que atiram uma moeda na fonte têm garantia de voltar a Roma um dia. Por via das dúvidas, joguei logo duas.

Confesso que a quantidade de pessoas lá me deu uma certa agonia. Depois das fotos tradicionais, parti para o que Roma tem de melhor: os sorvetes. Il Gelato de San Crispino é a melhor sorveteria de Roma. Não passe muito rápido porque é uma portinha perdida entre os muitos bares, lojas e restaurantes do lugar. Anotem o endereço: Fontana di Trevi, Piazza di Trevi, 00187. 

Pedi o sabor pistache e chorei de alegria ao botar na boca algo tão macio e tão gostoso. É muuuuuuito bom!

3 de agosto de 2012

Cenas de Roma

Os carros de Bibite Gelati, uma tradição romana.

Via dei Fori Imperiali

Depois de beber uma água e descansar de tantas ruínas, hora de pegar a Via dei Fori Imperiali na direção da Via Cavour.Construída entre 1931 e 1933, esta via que tem o Coliseu ao fundo, é linda. Super bem cuidada, com canteiros repletos de flores entre as estátuas dos imperadores romanos, é ampla e conta com uma atração inusitada: homens vestidos de soldados romanos dispostos a tirar fotos com os turistas. Mas atenção: eles cobram!

Detalhe das ruínas ao lado da Via dei Fori
Foto: Nara Franco
Sua construção foi controversa: a abertura dessa estrada eliminou uma das zonas mais extraordinários da cidade, onde vários estratos de edifícios renascentistas e medieval estava acima das ruínas dos antigos foros. As escavações dos últimos anos descobriram muitas ruínas, mas um grande número de monumentos permanecem enterrados e perdidos. Mas ela está no centro da cidade de Roma e corre em linha reta a partir da Piazza Venezia até o Coliseu. A rua (via em italiano) tinha como nome original Via dell'Impero e foi construída durante a ditadura de Benito Mussolini. Seu curso leva em partes do Fórum de Trajano, Fórum de Augusto e do Fórum de Nerva, partes dos quais podem ser vistos em ambos os lados da estrada.

Passando a estátua de Julio Cesar, entre na primeira rua à esquerda e você estará na Via Cavour. Esta via é o coração do bairro de Monti, agora na moda por conta do filme "Para Roma com amor", do diretor americano Woody Allen. Minha meta era chegar ao restaurante Hosteria La Vaca m’ Briaca. A idéia saiu dessa matéria e lá fui eu subindo a grande Cavour em busca de um bom lugar para encher a pança.

Talvez por conta do calor e do meu cansaço, a Via Cavour não estava tão glamurosa quanto na matéria do jornal O Globo. Sem mais, fui direto a meu alvo, na pequena e charmosa Via Urbana. Pela foto abaixo vocês podem ver a simplicidade do lugar. Cardápio na porta em um quadro negro (um costume local), nada de ar-condicionado (isso não existe por lá) e um ambiente propício para uma boa refeição.

Hosteria La Vaca m’ Briaca: Via Urbana 29. Tel. (39) 06-9970-9945

2 de agosto de 2012

Fórum Romano II

Mas Narinha ... vale a pena gastar tanto tempo percorrendo ruínas, um monte de pedras velhas em plena Roma?

Depende do objetivo do seu passeio. Sempre gosto de destacar aqui que meus roteiros são dicas de uma pessoa que não gosta muito de shopping, evita compras e adora meter o bedelho na cultura local. Mas essa sou eu, né? De fato, conhecer o que os romanos chamam de "Roma Antiga" demana tempo e pernas. É o tipo de passeio para quem gosta de cultura, de história, do passado. Não há muito para ser ver, mas bastante material para refletir. 

O Fórum Romano (em latim: Forum Romanum, italiano: Foro Romano) é um fórum retangular (praça), circundado pelas ruínas de importantes prédios públicos antigos. Foi durante séculos o centro da vida pública romana: por ali passaram cortejos triunfais, foram feitos discursos públicos, debatidos processos penais... 

Foto: Nara Franco
Localizado no pequeno vale entre os montes Palatino e Capitolino, o Fórum é hoje uma ruína de fragmentos de arquitetura intermitentes e escavações arqueológicas. Muitas das estruturas mais antigas e importantes da cidade antiga foram localizados dentro ou perto do Fórum.  

Os primeiros santuários do reino romano e templos foram localizados na borda sudeste. Estes incluíram a antiga residência real, a Regia (século 8 aC), e o Templo de Vesta (7 º século aC), bem como o complexo em torno das Virgens Vestais (todos foram reconstruídos após a ascensão da Roma imperial).
Outros santuários arcaicos para o noroeste, como a Urbis Umbigo e a Vulcanal (Santuário de Vulcano), desenvolvido em Comitium formal da República (área de montagem). Este é o lugar onde o governo do Senado, bem como republicano começou.

Ao contrário dos fóruns construídos mais tarde na cidade, o Fórum Romano desenvolveu-se gradualmente ao longo de muitos séculos. Sua dimensão longa foi orientada para o noroeste e se estendia desde o sopé da colina do Capitólio. Originalmente, o terreno do Fórum era pantanoso e foi drenado pelos Tarquínios com a Cloaca Maxima.

Senti falta de todas essas informações durante o passeio, mas adorei conhecer esse pedacinho da história da humanidade.

31 de julho de 2012

Fórum Romano

Foto: Nara Franco
Saindo do Coliseu é hora de continuar conhecendo a Roma Antiga e suas ruínas. Pegue o lado esquerdo rumo a Piazza del Colosseo e aprecie o Arco di Constantino. O arco celebra a vitória do primeiro imperador cristão sobre o imperador Maxêncio. É uma colagem de elementos pagãos extraídos de vários monumentos antigos.  É cercado por uma grade que fica fechada. Mas a visão que se tem do arco é essa ao lado. Mas sempre vale dar uma volta nele e conferir os detalhes da construção.

Um pouco de história: no ano de 312 o imperador Constantino, cuja mãe era cristã, sonhou com uma vitória sob o sinal de uma cruz e acabou por derrotar Maxêncio na Ponte Mílvio. Em seguida, ele declarou o cristianismo a religião oficial do império. 

Visto o Arco, hora de conhecer o Fórum Romano. Prepare-se para caminhar e capriche no sapato confortável. Na área não há muitos bares ou cafés. Portanto, compre água e algo de comer nos caminhões de "bebiti gelati" espalhados pelo local. Ou leve seu lanchinho na mochila. No verão prefira a manhã ou o fim da tarde pois o sol castiga. Mas nada que um chapéu ou boné resolvam. 

O Fórum hoje é um amontoado de ruínas e o ponto fraco do local é justamente a informação. Não há placas indicando o que você está vendo ou para onde você está indo. Isso é bem ruim para quem não está com um guia na mão e uma falha grave em se tratando de um dos principais pontos turísticos da cidade. 

O Fórum já foi símbolo do orgulho cívico romano durante mil anos. No início, há mais de 3 mil anos era apenas um cemitério. Aos poucos foi crescendo e ganhando poder. Quando a área foi drenada em 6 A.C o Fórum passou a ter um papel central na República. 

É formado pelo Arco de Sétimo Severo, Templo de Vesta e Casa das Virgens Vestais, a Cúria, Templo de Castor e Pólux, Basílica de Maxêncio e Constantino, Templo de Vespasiano, a Via Sacra, o Templo de Saturno e o Templo de Antonino e Faustina

Foto: Nara Franco

30 de julho de 2012

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Colosseo

Coliseu, Colosseo, Colosseum .. o nome varia, mas ele continua sendo o símbolo da Cidade Eterna. Como eu disse no último post, não há temporada onde não se enfrente fila para conhecer esse que é um dos pontos turísticos mais famosos do mundo. Para evitar o problema "fila" você pode ligar para o centro de turismo de Roma ou acessar o site  www.pierreci.it e comprar sua entrada com antecedência. Fiz isso e deu certo.

Foto: Nara Franco
O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, é um anfiteatro construído no período da Roma Antiga. Seu nome se deve à expressão latina Colosseum (ou Coliseus, no latim tardio) devido a enorme estátua do Imperador Nero que ficava perto da edificação. Originalmente capaz de abrigar perto de 50 mil pessoas e com 48 metros de altura, demorou entre oito a dez anos para ser construído. Foi utilizado por aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI. Seu formato atual se deve a terremotos e pilhagens e sua arquitetura é parâmetro para o atuais estádios de futebol. Em 2007 foi eleito umas das "Sete maravilhas do mundo moderno".

No Coliseu eram realizados diversos espectáculos: combates entre gladiadores, caça de animais, ou venatio, onde eram utilizados animais selvagens importados de África. No anel interno há uma maquete cortada lateralmente mostrando como funcionavam a estrutura subterrânea do local. Os elevadores que levavam os animais à arena, entre outros. Há pouco tempo, arqueólogos descobriram uma rede de dutos inundados por baixo da arena do Coliseu. Acredita-se que ele foi construído onde, outrora, foi o lago do "Palácio Dourado de Nero"; O imperador Vespasiano escolheu o local da construção para que o mal causado por Nero fosse esquecido por uma construção gloriosa.

Foto: Nara Franco
Embora o Coliseu tenha funcionado até o século VI, foram proibidos os jogos com mortes humanas desde 404 D.C, sendo apenas massacrados animais.
Horários de funcionamento:

Janeiro 2 - Fevereiro 15: 8h30 - 16h30
Fevereiro 16 - Março 15: 8h30 - 17h
Março16 - último sábado de março: 8h30 - 17h30
Março 26 - Agosto 31: 8h30 - 19h15
Setembro: 8h30 - 19h
Outubro 1 - último sábado de Outubro: 8h30 - 18h30
Último domindo de Outubro - Dezembro 31: 8h30 - 16h30

Última entrada é permitida até uma hora antes do fechamento

27 de julho de 2012

Coliseu

Foto: Nara Franco
Dedique um dia da sua estadia em Roma para conhecer a Roma Antiga, o pedaço da cidade que compreende o Coliseu e o Fórum Romano. Claro que um passeio não está ligado a outro. Você pode conhecer o Coliseu e ir embora. Mas como não andar pelas ruínas da Roma de Nero?

A fila para entrar no Coliseu é gigantesca. Vai ter uma encheção de saco de guias afirmando que te colocam lá dentro sem fila. Não caia nessa. O melhor a fazer é comprar o bilhete pela Internet ou o Roman Pass ANTES de voce viajar. Os dois podem ser comprados online em diversos links.  Muito pouca gente (acredite!) faz isso. Entrei em menos de 10 minutos com meu ticket online. Leve em consideração que filas, na Itália, são em geral uma ZONA. Então saia perguntando quando tiver qualquer dúvida. Mesmo em português eles entendem. A entrada para a compra antecipada é até bem sinalizada, mas quando se entra, começa a bagunça.


O melhor caminho para se chegar ao Coliseu é o metrô. Desça na estação Colosseo e siga o fluxo. Há também a linha de ônibus 571, que te deixa praticamente na cara do gol. No site do sistema de transporte de Roma você pode montar seu trajeto e ele indica que linhas pegar.


O Coliseu é impressionante. Não há como descrever o tamanho que ele tem e como é engraçado vê-lo do lado de fora compondo a paisagem da cidade. É assustador pensar que ali as pessoas se divertiam vendo outras pessoas serem comidas por animais como leões e tigres. O audioguida custa 8 euros. Não comprei pois fui seguindo uma das muitas excursões que tinham por lá. Ouvia um pouco de cada uma e ia juntando as peças. Aprendi muito!

Para comprar o Roman Pass clique aqui

Para saber mais sobre os pontos turísticos de Roma, clique aqui.  

Recapitulando - Roteiro rápido - Dia 1 - Roma

Comece pela Piazza del Popolo, aprecie a Via Margutta, explore a Via del Corso, conheça o Pantheon e termine o dia com um sorvete na Piazza Navona. Tudo a pé, hein? Gaste sola de sapato! Com 100 euros no bolso voce fará a festa, seja comprando ou comendo, ou fazendo as duas coisas. A depender de onde voce está hospedado, volte ao hotel de taxi para descansar os pés.

Façamos a conta: uma boa garrafa de vinho sai entre 20 e 30 euros. O sorvete é 3 euros. Uma "birra" fica em torno de 4 euros e uma entrada (que tal presunto de parma e muzzarela de búfalo?) para duas pessoas sai por de 9 euros. Come-se bem e barato na Itália. Sem falar que os pratos principais não passam de 15 euros (no máximo). Ressalto aqui que estamos falando de restaurantes de porte médio, nada chique ou elegantérrimo. Acredito que os restaurantes que ficam na praça mesmo cobrem mais. Mas, na minha opinião, o melhor da Navona está em volta dela. E mesmo se voce tiver menos grana, compre uma cerveja, sente na praça e contemple o trabalho dos artistas ou dos muitos músicos que se apresentam por lá em troca de uma moedas.

Ah! No verão beba bastante liquido pois o sol romano castiga. Uma garrafa de 300ml pode ser comprada por 1 euro. Se for com gás, 2.

Piazza del Popolo vista de cima
Foto: Nara Franco

A Piazza Navona

A Piazza Navona é uma das principais praças da cidade de Roma, um ponto de encontro para um um bom drink, apreciar artesanato e passar o tempo. A forma da praça assemelha-se à dos antigos estádios da Roma Antiga, seguindo a planificação do Estádio de Domiciano. Chama-se Navona desde os tempos do Imperador Domiciano. Corresponde à corruptela da forma posterior in agone, depois nagone e finalmente navone. 

Detalhe da Fontana dei Quattro Fiumi
Foto: Nara Franco
A Navona passou de fato a caracterizar-se como praça nos últimos anos do século XV, quando o mercado da cidade foi transferido do Capitólio para este local. Foi remodelada para um estilo monumental por vontade do Papa Inocêncio X. Sofreu intervenções de Gian Lorenzo Bernini (a famosa Fontana dei Quattro Fiumi ao centro); de Francesco Borromini e Girolamo Gainaldi (a igreja de Sant'Agnese in Agone); e de Pietro de Cortona, que pintou a galeria no Palácio Pamphilj, sede da embaixada do Brasil desde 1920.  

A praça dispõe ainda duas outras fontes esculpidas por Giacomo della Porta - a Fontana di Nettuno (1574), na área norte da praça, e a Fontana del Moro (1576), na área sul.


Enfim, a Piazza Navona

Foto: Nara Franco
Depois de apreciar toda a grandiosidade do Pantheon, saia pela esquerda e pegue a Via Giustiniani, vire à direita na Via della Dogana Vecchia, em seguida Via del Salvatore até a rua pricipal, a Via Corso del Rinascimento. Esse é o caminho para a Piazza Navona. Mas antes, bem pertinho da Piazza della Rotonda, visite a That's Itália, uma loja em homenagem a uma paixão italiana: a motinha scooter da marca Vespa. A loja é uma graça e vende de camisetas a isqueiros, passando por canecas, imãs, pôsteres, chaveiros, entre outros. Apesar do nome fazer ligação com o país, a loja vende apenas itens relacionados à Vespa.

De lá, enfim, cheguei a Piazza Navona (no caminho que citei acima). Formada por três fontes, a praça é tomada por artistas de rua (pintores em sua maioria) durante o dia e a noite, e é cercada por bares, restaurantes e lojas de souvenirs.  É um ponto de gente jovem, de muitos turistas e intenso vai e vem de pessoas. E, claro, de ambulantes (em sua maioria africanos) vendendo "legítimas" bolsas Prada e Louis Vitton.

Estando ali, passe no Ristorante Tre Escalini e experimente o famoso sorvete de chocolate da casa, "il tartufo nero" original, considerado um dos melhores da Itália. Ele foi criado em 1946 pela família Ciampini e sua receita é secreta. Pode ser comido puro ou com chantily. Na verdade é uma pequena torta com pedaços de chocolate e sorvete. Uma delícia. 

Concerto em plena Piazza Navona.
Foto: Nara Franco

Aproveite o fim de tarde para um vinho branco gelado ou uma cerveja nas dezenas de bares e restaurantes que lotam as vielas no entorno da praça. Esse sim é o grande barato da Navona: descobrir um lugar legal para comer ou apreciar os itens inovadores de design em lojas mais modernas. Há também uma enorme variedade de sorveterias que oferecem o que Roma tem de melhor: o sorvete.

23 de julho de 2012

Pantheon II

O Pantheon romano foi o primeiro prédio histórico da capital italiana que me tirou o fôlego. Também conhecido como Panteão de Agripa, é o único edifício construído na época greco-romana que, atualmente, se encontra em perfeito estado de conservação.

Quando o imperador bizantino Focas deu um templo pagão ao papa Bonifácio 4 no ano de 608, sem querer garantiu que esta maravilha da Roma Antiga fosse preservada como a igreja cristã de Santa Maria dos Mártires. A entrada é gratuita e em alta temporada você terá de dividir espaco com muita gente. Ele está no meio da Piazza della Rotonda e logo a sua frente, para variar um pouco, há uma fonte, a Fonte do Pantheon. Giacomo della Porta desenhou a base da fonte esculpido por Leonardo Sormani em 1575. Esse local é cercado por bares e restaurantes do tipo "pega turista". Só recomendo sentar em um deles se voce estiver muito cansado. Procure sempre para comer os locais entre os becos e vielas dessas grandes piazzas. Sempre são mais interessantes.

Foto: Nara Franco
Voltando um pouco à história, o prédio original foi construído em 27 A.C e destruído por um incêndio em 80 D.C., sendo totalmente reconstruído no ano de 125 durante o reinado do imperador Adriano. Diz a lenda que o prédio atual nasceu do desejo deste imperador de fundar um templo dedicado a todos os deuses, num gesto que abarcasse os novos povos sob a dominação do Império Romano.

Apesar do grande número de turistas deve-se fazer silencio no local. O Pantheon merece ser apreciado pela sua grandeza e beleza. O edifício tem um pórtico com três filas de colunas (8 colunas na fila frontal, 16 ao todo). Sao todas originais, exceto as tres da esquerda que datam do seculo 17. Lá dentro, da base da rotunda até ao óculo, são 43 metros - a mesma medida do raio do círculo da base - o que significa que o espaço da cúpula se inscreve no interior de um cubo imaginário.

Aproveite um dia de chuva para ir ao Pantheon ver a água cair pelo óculo, espalhar-se no piso de mármore e escorrer pelas canaletas. Nele, entra a luz que ilumina o local, que por dentro é bem um pouco escuro. No entanto, é permitido fotografar. Admire ainda a cúpula, a mais larga feita de tijolos de toda a Europa. As paredes, com 6,2 metros de ESPESSURA, têm arcos internos de tijolos que ajudam a distribuir o peso do teto e a diminuir a pressao sobre elas.

Mas o Pantheon não é famoso apenas por sua arquitetura. Ali estao enterrados os pintores Rafael e Annibale Carracci , o arquiteto Baldassare Peruzzi, além de dois reis da Itália: Vítor Emanuel II e Humberto I. Nao é preciso dizer que os túmulos reais têm toda pompa que um monarca merece.

Detalhe da Fonte em frente
ao Pantheon
A região tem outras atrações importantes da cidade. A igreja de Santa Maria sopra Minerva (única igreja gótica de Roma); a Galleria Doria Pamphilj (na Via del Corso 305); Ara Pacis; a igreja de Sant'Ignazio di Loyola; as colunas de Marco Aurelio; o Mausoléu de Augusto; a Piaza di Sant'Ignacio; o Obelisco do Elefante e a Piazza della Rotonda.

21 de julho de 2012

Cenas de Roma


Cena mais comum de Roma: o sobe e desce de Vespas pela cidade
Foto: Nara Franco




 


Pantheon

De uma Piazza para a outra, lá fui eu descendo a Via del Corso com destino a um dos locais mais atrativos de Roma. Lembrando: saí da Piazza del Popolo. Dela iniciam tres ruas importantes da cidade: a Via del Babuíno (onde voce chegará a Piazza di Spagna), a Via del Corso (onde voce chegará até o Coliseu, caso você queira brincar de ser camelo) e a Via dei Ripetta (que termina ali pelo Maosoleo de Augusto). Essa é a "meiuca" de Roma. Como diria minha mãe, "o tititi". Onde estão pontos tuísticos, loja, bares e restaurantes. As linhas do metrô, por aqui são periféricas. A mais próxima é Spagna. Tem que andar mesmo. 

Turistas registram o vai e vem da
Via del Corso

Desci a Via del Corso com destino a Piazza Navona contemplando a elegância dos homens italianos, sempre metidos em ternos bem cortados, barbas super aparadas e cabelos com gel. Do guarda ao executivo, todos estão arrumadérrimos. E todos são lindos. Impressiona. A Via é tão movimentada que alguns trechos são fechados ao trânsito e são muitas as lojas de roupa (que não me chamaram a atenção), souvenirs, maquiagem, sapatos, eletrônicos ... Na alta temporada o número de pessoas subindo e desçendo as ruas é bem grande, assim como o de policiais de olho na multidão. 

Muita atenção aos batedores de carteira!!! Eles são ágeis e aproveitam o empurra-empurra para agir. 

Mas eis que no meio do caminho, desse turbilhão de gente indo e vindo, de muito sol (a essa altura eu já tinha até comprado um chapéu!), abri o guia e me dei conta que estava ao lado de um marco importantíssimo da cidade, o Pantheon. Entrei a esquerda na Via di Pietra, segui pela Via dei Pastini e voilá... O Pantheon!

Fachada do Pantheon
Foto: Nara Franco


Via Margutta

Homenagem a Giulietta Masina e Federico Fellini
Via Margutta, Roma
Saindo da Piazza de Popolo, cheguei à Via Margutta (saindo da praça pegue a Via del Babuino e entre na primeira à esquerda). Um pequena e tranqüila via na agitada Roma. Ali, é o canto de pequenas galerias de arte e antiquários, além de três restaurantes pequenos e interessantes, sendo um totalmente inspirado no filme "A festa de Babete". Infelizmente no horario que fui estavam todos fechados, inclusive o Osteria Margutta, o mais famosomda rua. Sim, amigos, os romanos assim como os espanhóis dão uma paradinha durante a tarde para pensar na vida. Para quem gosta de loja de artes e antigüidades, duas dicas: Galleria Antiquaria no número 67 e a Danon nos números 36 e 37.  O ponto mais conhecido da rua, contudo, é pequeno e você pode passar por ele sem perceber a simplicidade e beleza do lugar. No número 53B fica La Bottega del Marmoraro, um "cafofo" lotado de peças de mármores com inscrições. São poemas, frases famosas, ditos aleatórios ou qualquer coisa que você queira gravar nelas. Sai por 15 euros e ele faz na hora a depender do tamanho. Talvez seja essa a lembrança mais romana da Cidade Eterna. Mas mesmo que você não leve nada, apenas aprecie o lugar e bata um papo com o gentil artesão da bottega.

18 de julho de 2012

Caffè Rosati

Bateu a fome na Piazza del Popolo? Do lado esquerdo da praça há o Caffè Rosati, fundado em 1922 por dois dos irmãos Rosati. Um terceiro, ainda vivo, administra a filial do café na Via Veneto. Tomar um drink no Rosati é uma tradição romana: sentar nas mesas do lado de fora e apreciar o vai e vem de vespas tão característico da cidade. 

Foto: Nara Franco
Em julho, a quantidade de turistas é considerável e não se cobra taxa extra para sentar do lado de fora. Mas o pedido por uma mesa ao ar livre vem logo seguido por uma pergunta: "food"? Ou seja, tradicional mas de olho no movimento. 

Foi reduto dos intelectuais da esquerda e, ironicamente, é mais refinado que o Caffè Canova, "rival" localizado do outro lado da praça e de aspecto mais simples mesmo. Escolhi o Rosati mais pela sombra do que pelo cardápio. O Canova, que era reduto do pessoal da direita, estava com a parte externa toda no sol e, como os italianos desconhecem o ar-condicionado, fui para o Rosati. Ali, bebi uma cerveja Nastro Azzurro enorme e em temperatura fresca. Mas estava gostosa. Por conta do calor também, escolhi um carpaccio. Afinal, estava na Itália e tinha que provar um "modelo" original do prato. Sem pão, com um azeite divino, pedaços de queijo de derreter na boca e uma carne finíssima. Uma delícia. Por fim, um "espresso". Sem adoçante porque isso é coisa rara em Roma. A continha saiu por uns 20 euros. De barriga cheia, hora de partir. Uma dica: a gorjeta em Roma é de 10% e é paga à parte.  

Onde:
Caffè Rosati - Piazza del Popolo 4-5 
Caffè Canova - Piazza del Popolo 16-17 
Para chegar lá: estação Flamino (metrô)

A água de Roma

Uma das melhores coisas de Roma são as bicas e as fontes de onde saem uma água tão gelada, mais tão gelada, que no calor de julho ela parece um manjar dos deuses. E melhor: pode beber. Não as das fontes, mas as que jorram das bicas. Guardem garrafas plásticas e na primeira oportunidade as encha e se refresque. 

O mesmo acontece nos restaurantes e bares. Nas pias, cujo acionamento na maior parte das vezes é no pé, a água que sai das torneiras parece estar no gelo. Uma delícia em dias de muito calor. 

Essa mesma técnica podia ser usada nas cervejas que, em geral, são servidas "frescas". A água com gás, minha preferida, é uma decepção. Só a San Pellegrino salva. Nas ruas, sai por 2 euros. A garrafa de água normal custa 1 euro.

Detalhe da fonte da Piazza del Popolo

Pausa para falar de Lisboa

A principal linha de metrô de Lisboa ganhou três novas estações. A linha Vermelha que até o dia 17 de julho terminava na estação Oriente, tem agora mais três paradas: Moscavide, Encarnação e Aeroporto

Ou seja, mais uma opção barata para se chegar ao centro da cidade, no caso os bairros da Baixa e Rossio, que reúnem um grande número de hotéis e atrações turísticas. Lembrando que o bilhete do metrô em Lisboa custa 1,25 euro e pode ser usado por 3 horas - após sua primeira validação - em toda a rede. 

A melhor opção para quem está a passeio, no entanto, é comprar o passe diário de 5 euros que dura 24h após a primeira validação (primeiro uso) em toda a rede de metrô e ônibus. Estes bilhetes podem ser recarregados em casas lotéricas e estações de metrô.

17 de julho de 2012

Piazza del Popolo

Roma é famosa por suas piazzas ou praças. A Del Popolo é enorme e suntuosa. De sua fonte jorra uma água geladíssima, característica da cidade. No calor, todos se refrescam nas fontes, molhando pulsos, nucas, pés, e claro, subindo nos enormes leões que compõem esta fonte específica. No verão, muitos ônibus lotados de turistas passam pelo local, o que não atrapalha em nada a bela visão da praça. 

Atenção para os detalhes: do lado norte da praça há a Porta del Popolo, que leva para a Via Flaminia. Esta rua foi aberta em 220 A.C com o objetivo de ligar Roma a costa Adriática. Em 1589, o papa Cisto V moveu o enorme obelisco egípcio, originalmente colocado no Circus Maximus, para o centro da praça. E o obelisco é assustadoramente grande e bonito. São 23 metros de grandiosidade e opulência. 

Foi construído em 1.300 A.C e trazido a Roma pelo imperador Augustus. Sua construção foi uma forma de os romanos comemorarem a conquista do Egito. Em 1815 e 1816, Giuseppe Valadier redesenhou a praça adicionando as estátuas dos leões que adornam a fonte localizada ao pé do obelisco. Ele também adicionou os muros no entorno da praça, dando a Piazza del Popolo seu formato oval. Ande por ela toda, se molhe na fonte, suba pelas laterais e veja a praça de cima. Não deixe de visitar as igrejas gêmeas da Santa Maria dei Marcoli e a igreja do Montesanto, além da igreja de Santa Maria del Popolo

Uma dica: nas principais igrejas romanas é proibida a entrada de mulheres com ombros a mostra. Portanto, leve sempre um xale na bolsa, mesmo no calor. E se seu roteiro incluir muitas igrejas, coloque uma saia longa ou bermuda até o joelho.