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12 de setembro de 2012

Roma, recapitulando ....

Já que estamos há um tempo sem falar de Roma, resolvi fazer um flashback sobre o que pode ser um bom roteiro pela cidade e algumas dicas. No primeiro dia, dedique-se a um passeio pelo Centro até chegar a Piazza Navona. No caminho você já vai ver pontos turísticos interessantes da cidade.

Refresque-se nas fontes da cidade como eu fiz (na foto ao lado), porque os dias de calor em Roma são dignos dos dias de calor do Rio. Caminhe com calma pela Via Margutta e aprecie as obras de arte expostas nos antiquários de lá. Vá descendo a Via del Corso até a Piazza della Rotonda e conheça o Pantheon. Na Piazza Navona, aprecie os artistas de rua - pintores, cantores, músicos - e tome um gelato. Se preferir, uma cerveja ou um vinho. Não na praça, mas nas vielas e pequenas ruas que circulam a praça.

No dia dois, hora de visitar Roma Antiga. Comece pelo Coliseu. Lindo, grandioso. Compre os ingressos com antecedência, na web, pois as filas são enormes. De lá, Via dei Fori Imperiale até a Via Cavour. Bateu fome?

Bisteca com batatinha coradas. Delícia!

Da Via Cavour fui até a Fontana di Trevi, de metrô. Rapidinho, rapidinho. 

Em dois dias você já terá visitado os principais pontos turísticos de Roma. Mas antes de chegar à Fontana, dei um pulo num lugar muito especial e diferente de Roma, que conto no próximo post.


Fontana di Trevi

 

Quis começar esse post com uma das cenas mais famosas do cinema. Em "La Dolce Vita", a atriz Anita Ekberg entra na fonte e chama de forma muito sensual Marcelo Mastroiani para sua aventura. Isso fez da Fonte um dos pontos turísticos mais visitados de Roma. E de fato, ela é linda. Muito linda. E muito lotada de todos os tipos de pessoas possíveis, jogando moedas e fazendo pedidos. O local é cheio para caramba e todo cuidado com os batedores de carteira é pouco. 

Fui visita-la durante o dia, mas uma amiga me disse que à noite ela é ainda mais bonita. Como tudo em Roma, a Fontana é monumental. Tem 26 metros de altura e 20 de largura.
Situava-se no cruzamento de três estradas (tre vie), marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade. Segundo a Wikipedia, no ano de 19 a.C., supostamente ajudados por uma virgem, técnicos romanos localizaram uma fonte de água pura a pouco mais de 22 quilômetros da cidade (cena representada em escultura na própria fonte, atualmente). A água desta fonte foi levada pelo menor aqueduto de Roma, diretamente para os banheiros de Marco Vipsânio Agripa e serviu a cidade por mais de 400 anos.

O antigo costume romano de erguer uma bela fonte ao final de um aqueduto que conduzia a água para a cidade foi reavivado no século XV, com o Renascimento. Em 1453, o Papa Nicolau V, determinou que fosse consertado o aqueduto de Acqua Vergine, construindo ao seu final um simples receptáculo para receber a água, num projeto feito pelo arquiteto humanista Leon Battista Alberti.
 
Foto: Nara Franco
A Fonte está bem no meio de Roma. Do Pantheon, por exemplo, dá para ir a pé. Pegando a Via di Pietra. De metrô, é só descer na estação Barberini/Fontana di Trevi. O monumento está em obra. Algumas peças decorativas caíram recentemente, uma vez que a obra não passava por uma grande reforma há 20 anos. Diz a tradição que turistas que atiram uma moeda na fonte têm garantia de voltar a Roma um dia. Por via das dúvidas, joguei logo duas.

Confesso que a quantidade de pessoas lá me deu uma certa agonia. Depois das fotos tradicionais, parti para o que Roma tem de melhor: os sorvetes. Il Gelato de San Crispino é a melhor sorveteria de Roma. Não passe muito rápido porque é uma portinha perdida entre os muitos bares, lojas e restaurantes do lugar. Anotem o endereço: Fontana di Trevi, Piazza di Trevi, 00187. 

Pedi o sabor pistache e chorei de alegria ao botar na boca algo tão macio e tão gostoso. É muuuuuuito bom!