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21 de novembro de 2016

Museu D'Orsay

Não sou muito fã de Paris. Afirmação que causa espanto em muitas pessoas. Mas cada um sabe de si e meu gosto talvez não bata com a França. Mas não nego que a cidade tem seu charme e locais imperdíveis a serem visitados.

Um dos meus preferidos é o Museu D'Orsay. Além das exposições, o museu tem programação variada com concertos, exibição de filmes, conferências etc. Para quem vai a Paris até janeiro, o destaque da programação é a exposição Segundo Império Espetacular com obras de 1852 a 1870 que retratam a França desse período.

Desde 2009 o museu vem passando por transformações e a galeria impressionista, por exemplo, tem hoje nova iluminação e disposição das obras. A cafeteria não é das melhores, mas mata a sede se necessário. A loja tem preços salgados, mas sempre vale uma olhada.

Particularmente, acho o Orsay um museu mais leve, moderno e despojado que o Louvre. Um bom local para passar uma tarde sem pressa ou uma manhã. Não tem aquela "opressão" de tantas obras para ver. E como há horários onde se paga meia entrada, vale uma segunda visita se a sua agenda permitir.

Foto: Nara Franco
Como foi construído em uma estação de trem, o museu tem como uma de suas "peças" mais conhecidas esse lindo relógio. É enorme, dourado e maravilhoso. O lado mais intimista do museu acho que vem desse jeitão de "não museu". A arquitetura não é aquela clássica que vemos em museus ao redor do mundo.

No Orsay você encontrará pinturas, esculturas, fotografias, artes gráficas e artes decorativas. Destaque absoluto para quadros de Paul Gauguin, Degas e Vincent van Gogh.

Estão lá: "O doutor Paul Gachet" e "Noite Estrelada" do pinto holandês. Dá vontade de chorar, juro. Ver um Van Gogh de pertinho é uma experiência incrível. As cores parecem se mexer, a atmosfera para. Há ainda Degas (e sua escultura "A pequena bailarina de 14 anos"), Camille Claudel (aprendiz de Rodin) e o próprio Rodin (e a incrível escultura de Balzac na foto abaixo).

Balzac - Auguste Rodin
Foto: Nara Franco

O museu funciona de terça a domingo de 9h30 as 18h e até às 21h45 às quinta-feiras. A entrada inteira sai por 12 euros e e meia por 9. Menores de 18 anos não pagam. A entrada também é reduzida para jovens de 18 a 25 anos que tenham passaporte europeu ou residam na Europa e para todos a partir da 16h30 (com exceção de quinta-feira) e a partir da 18h de quinta-feira. Com a grana curta, pode ser uma boa terminar o dia no museu.

Apresentando o bilhete do Orsay, você ganha desconto na compra do bilhete para o museu nacional Gustave Moreau, para a Ópera Nacional de Paris e para o museu nacional Jean-Jacques Henner. Há ainda passaportes que combinam a visita ao D'Orsay com outros museus da cidade, como o museu Rodin.

Para comprar a entrada antecipadamente: http://www.musee-orsay.fr/es/visita/derechos-de-entrada/taquilla.html.


Como chegar:

Há duas estações de metrô próximas ao museu: Assemblée Nationale e Solférino. Como ele fica às margens do Sena, você pode ir andando margeando o rio chegar nele. Do outro lado do rio fica o famoso Jardin de Tuileries e o Louvre. A visita combinada pode ser uma boa. No caso, o jardim. Dois museus no mesmo dia acaba ficando cansativo. Do jardim até lá basta atravessar a Ponte Royal.

Museu d’Orsay recebe doação de casal americano avaliada em € 350 milhões

O Musée d’Orsay, em Paris, recebeu nesta fim de semana sua maior doação feita por um estrangeiro desde 1945. Avaliada em 350 milhões de euros (algo em torno de R$ 1,2 bilhão), toda a coleção de cerca de 600 quadros do casal americano Marlene e Spencer Hays irá para o museu francês quando eles morrerem.

Neste fim de semana, os Hays, ambos com 80 anos, já fizeram uma doação inicial de 187 obras, com valor estimado em 173 milhões de euros (R$ 593 milhões). As obras do final do século XIX e início do século XX incluem trabalhos de autores como Edouard Vuillard, Pierre Bonnard and Edgar Degas.

"Essa doação, excpecional em tamanho e coerência, é a maior recebida por um museu francês de um estrangeiro desde 1945", disse a ministra da Cultura Audrey Azoulay, em entrevista à "France24 TV".

Entre os vários negócios da família Hays, estão empresas de vendas de livros, roupas masculinas e seguros de saúde. No testamento, o casal pede que as obras doadas após sua morte sejam expostas num mesmo espaço, e não dispersas no museu. Uma mostra da coleção dos Hays foi exposta no d’Orsay em 2013.

"Os Hays vieram de uma origem humilde no Texas, educados longe de museus esão autoditadas em história da arte", diz um comunicado no site do d’Orsay. "Eles começaram a comprar pinturas no início dos anos 1970 para decorar sua casa em Nashville.” Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais/museu-dorsay-recebe-doacao-de-casal-americano-avaliada-em-350-milhoes-20344516#ixzz4QfckiqRr

1 de março de 2016

Em Roma visite a Galleria Nazionale d'Arte Moderna

Voltando a blogar depois de séculos... 

Costumo dizer que Roma é o Rio de Janeiro da Europa. Confusa, caótica, barulhenta e muito bonita. Uma dica: evite ir no verão. É muito, muito quente. Quente mesmo sem o menor exagero. Digo isso porque eu fui e não recomendo.

Uma das melhoresurpresaque tive na cidade e que descobri sem querer foi a Galleria Nazionale d'Arte Moderna. Um achado!

O prédio é muito bonito e fica em uma área não muito movimentada da cidade. A Galleria, que na verdade é um belo museu, conta com uma coleção bem eclética de obras de pintores do século 19, esculturas e, é claro, arte moderna e contemporânea. 

As mostras extrasão bem ecléticas e abrangem fotografia, xilografia, cinema e artes visuais em geral. O museu é um refúgio na barulhenta Roma e dá um respiro: na capita italiana há muito que se ver em termos de obras de arte. Há uma overdose de pinturas de Rafael, Michelangelo, barroco e clássicos. Tem um momento que é até necessário ver algo diferente e a Galleria cumpre bem esse papel. 

Para acompanhar o que está acontecendo na Galleria, clique aqui.

Ao fundo o prédio da Galleria

Uma das salas da Galleria com esculturas do período romano